João Pessoa
João Pessoa não é tão badalada nem tão visitada quanto as outras capitais estaduais próximas, Recife e Natal, mas isso não representa um problema, já que dessa forma o município alia, em meio a belas paisagens, vantagens de grandes centros ao sossego típico de cidades pequenas, o que agrada muitos visitantes.
Com pouco menos de 800 mil habitantes, segundo dados de 2013 do IBGE, João Pessoa ainda não foi "descoberta" pela maioria dos turistas e mantém um sossego que não condiz com seu tamanho.
"O que aconteceu em João Pessoa foi um déficit de muitos anos quanto à divulgação. Nas regiões Sul e Sudeste, são poucas as pessoas que conhecem João Pessoa. E a palavra que elas mais usam é 'surpreendente' porque, quando conhecem a cidade, não imaginam que ela é tão limpa, tão calma, com uma gastronomia excepcional e todas as praias próprias para banho", gaba-se o secretário de Turismo do município, Roberto Brunet.
Alguns hábitos refletem esse "não descobrimento". Localidade mais oriental do Brasil, a capital paraibana fica ensolarada às 5h, e muita gente já está acordada a esse horário.
Para quem curte uma boa caminhada pela manhã, mas não gosta de andar pela areia, a prefeitura fecha a avenida Cabo Branco, uma das principais do município, para pedestres, patinadores, ciclistas e skatistas.
O mar no litoral pessoense acompanha o ritmo da cidade e é bastante calmo. Quem gosta de ondas tem que se deslocar para o norte até a Praia do Bessa, mas mesmo assim não encontrará das maiores. Tudo isso cercado por edificações menores que o habitual, já que é proibida a construção de prédios com mais de três andares em toda a orla.
Quem quiser ser a primeira pessoa de toda a parte continental das três Américas a ver o sol nascer deve se deslocar até o Farol do Cabo Branco, no alto da Ponta dos Seixas, ponto mais oriental do continente.
A Paraíba não tem um prato que seja típico especificamente do estado, mas a moqueca à pontal do Pontal do Cabo, a carne de sol na nata e a cocada do Mangai marcam o paladar de qualquer turista.
Nem só de praias é feita a paisagem de João Pessoa. A Lagoa do Parque Solón de Lucena faz parte da vida do nativo, embora seja marcada por uma tragédia ocorrida em 1975 que causou a morte de 35 pessoas, e deixa um brilho nos olhos no caminho da orla até o centro.
Também encanta o rio Sanhauá, em torno do qual a cidade, a terceira mais antiga do país, foi crescendo. Ao contrário de outras localidades litorâneas, a capital paraibana evoluiu do interior para a orla. Com dificuldades para chegarem à praia devido aos arrecifes, os portugueses usaram o curso fluvial para a colonização.
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